domingo, 17 de setembro de 2017

O triste fim do movimento “Independentes por Tomar”

Hugo Costa (PS) e Pedro Marques (IpT)
Fundado em 2005 por Pedro Marques e Rosa Dias, o movimento “Independentes por Tomar” acabou por apenas um voto, numa votação de braço no ar em que participaram oito pessoas. Para a história fica um grupo de tomarenses que, pela primeira vez, se juntou para concorrer às eleições autárquicas e que conseguiu resultados assinaláveis, chegando a eleger dois vereadores.

Em abril deste ano apenas quatro membros dos IpT votaram a favor do acordo com o PS para as eleições autárquicas. Na sala estavam oito pessoas, das quais quatro apoiaram a proposta de Pedro Marques de apoio ao PS, três votaram contra e um absteve-se. A votação foi feita de braço no ar.
Essa reunião aconteceu no dia 3 de abril na sede da junta de freguesia de Santa Maria dos Olivais depois de uma primeira votação para decidir se os Independentes concorriam ou não às eleições autárquicas. A maioria votou pelo não.
O acordo com o PS foi aprovado com os votos favoráveis de Pedro Marques, José Neto, José Pedro Vasconcelos e Rui Garcia Simões. Os três votos contra foram de Laura Rocha, Luís Francisco e Rui Oliveira. Houve ainda uma abstenção de Joaquim Palricas. Nessa reunião não estava presente João Henriques Simões, apoiante da fusão com o PS. Feitas as contas, pode-se concluir que o grupo Independentes por Tomar chegou ao fim apenas por um voto.
Depois desta decisão, os elementos dos IpT dispersaram e integraram-se nas listas de outras candidaturas, não sem antes, em alguns casos, se demitirem da Assembleia Municipal e da associação dos IpT. Os que apoiaram a solução com o PS negociaram lugares nas listas para a Câmara e a Assembleia Municipal.
Américo Pereira criou o movimento “Independentes do Nordeste” para concorrer à Junta da Serra e Junceira, já presidida por si.
Joaquim Palricas e Luís Francisco integraram-se nas listas do PSD, Rui Oliveira na lista do CDS-PP e Laura Rocha na CDU.
Alguns elementos que estiveram na génese dos IpT mostram-se indignados com a coligação com o PS, 12 anos depois da fundação do movimento. “Não foi para isto que os Independentes foram criados”, desabafou um dos elementos do grupo inicial, que recusou gravar uma entrevista por estar afastado da vida política.
De notar que os Independentes por Tomar fundaram em 2010 a AMAI - Associação Nacional Movimentos Autárquicos Independentes a que Pedro Marques presidiu até 2014.

3 comentários:

  1. Mas qual é o problema, no futebol e na politica não existe. É um não assunto.

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  2. Ainda bem que fica registado, preto no branco, o nome dos COVEIROS !
    Como sempre, o OPORTUNISMO e o CARREIRISMO, dão à costa...como náufragos agarrados à sua falta de princípios.

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  3. Pedro Marques foi o rosto dos Independentes por Tomar. E durante os primeiros anos da existência deste movimento de cidadãos a sua estrela refulgiu, por configurar uma alternativa aos poderes políticos instalados. Este desmanchar da tenda que foi a dissolução dos Imdependentes enquanto movimento político, e consequente absorção pelo PS, inesperado para o cidadão comum e por muitos considerado como a venda da alma ao diabo, revela que afinal a estrela se consumiu depressa demais, e depois de passar pelos diversos estadios de evolução, terminou num buraco negro que consumiu todo o ideal que presidiu à sua formação.
    E se for verdade que o espera uma compensatória cadeira num muito conveniente cargo a criar nos serviços municipais (Provedor do Cidadão...!!!), então pode-se com propriedade afirmar que o seu ocaso político chegou.
    Paz à sua alma política.

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